14/03/2010

Lisboa

Luminosa e genuína, Lisboa aguarda a Primavera. É a Praça da Figueira numa manhã de Sábado.


No Castelo, uma janela aberta descobre a cidade no seu todo. Contrastantes, os edifícios misturam-se, são de diversas épocas e complementam-se.


Não é o mar, embora pareça. O Tejo banha as margens da cidade, azul e majestoso.



Sempre achei curioso o facto dos maiores elogios à minha cidade terem partido de quem não é português.

No Rio de Janeiro, uma jovem carioca ao saber-me lisboeta disse-me: "Nossa, sua cidade é linda demais!". Em Londres, uma mulher natural de Barcelona afirmou: "Lisboa é a cidade mais bonita do mundo", ao que eu sorri, recordando-me das maravilhosas construções Art Nouveau na sua cidade natal. Na Noruega, o dono de uma improvável galeria de arte, numa aldeia perdida nas costas de um fiorde dizia, feliz, "São de Lisboa, vou lá todos os anos"... e, empolgado, descreveu-me a cidade como se nela vivesse. Episódios que se repetem, como quando em Istambul, um Turco que mora em Paris me afirmou que Lisboa é uma cidade da qual tem saudades, depois de cá ter vivido dez meses a aprender a nossa língua. 

Será que andamos desatentos? Será que o que nos escapa é a beleza do que nos rodeia ou ainda não aprendemos a apreciar-nos...?

Aos poucos vou sentindo a alma de Lisboa...